A MAGIA DO LÍRIO

As flores representam a beleza na sua forma mais pura e natural, alegram o ambiente e a vida de pessoas queridas, confortam dores e deixam tudo mais especial. Por isso e por muitos outros motivos inexplicáveis, simplesmente adoramos a nossa seção Flor da Semana!

A flor escolhida de hoje é mágica, graciosa e muito conhecida e usada em diversas cores: Lírio. Todas as suas peculiaridades, características e um pouco de sua história, foram pesquisadas pelo biólogo e botânico Anderson Santos, nosso querido colunista semanal!

explicações sobre o lírio na flor da semana vamos receber

Lírio é o nome atribuído às plantas pertencentes ao gênero botânico Lilium, da família Liliaceae. São membros da família Liliaceae outras plantas como o alho, o aspargo e a tulipa. Existem mais de cem espécies de lírios e a maior parte deles existe de forma nativa no Hemisfério Norte, sendo a maior ocorrência na China e Japão. No Brasil, ocorre apenas uma espécie, a Lilum longiflorum, nativa da Ásia e observada com ocorrência de forma espontânea em áreas naturais nos estados de São Paulo e Paraná.

Em uma rosa vermelha, as partes de cor vermelha são denominadas pétalas e as pequenas folhas verdes que se localizam logo abaixo, são as sépalas. A maioria das flores apresentam pétalas e sépalas. No caso dos lírios não é diferente. O curioso é que, nos lírios, pétalas e sépalas apresentam a mesma cor e tamanho, sendo bem difícil distinguir as diferenças. Em uma flor de lírio, é possível observar seis partes coloridas iguais, sendo três pétalas (mais internas) e três sépalas (mais externas). Outra característica marcante dos lírios é a presença de bulbo, uma espécie de cebola que na verdade é um tipo de caule cuja principal função é o armazenamento de substâncias de reserva, fundamentais para o desenvolvimento da planta. No caso dos lírios, os bulbos ficam subterrâneos e só podem ser vistos se a planta for totalmente removida do solo. Na base dos bulbos pode haver o desenvolvimento de bulbilho (bulbos pequenos), uma estratégia da planta para garantir sua propagação. Se removidos, os bulbilhos podem ser cultivados individualmente gerando, cada um, uma nova planta. As flores são de formas e tamanhos diversos, disponíveis em todas as cores.

Os lírios se fizeram presentes em diferentes momentos da humanidade. Não há um registro certo de quando os lírios começaram a ser cultivados, mas sabe-se que no Egito Antigo e na Grécia Antiga eles já eram oferecidos aos Deuses e usados como planta medicinal. Jesus Cristo popularizou os lírios quando, em suas parábolas os citava como símbolo de pureza e logo depois o Cristianismo passou a associar os lírios à figura de Maria, mãe de Jesus. Serviram de inspiração para importantes obras de muitos artistas como Van Gogh e Claude Monet.

Na forma nativa, os lírios são de regiões que passam boa parte do ano em baixas temperaturas, sendo assim, no Brasil não é muito fácil cultivar lírios por conta do clima. Grande parte dos lírios vendidos no Brasil são importados da Holanda, grande produtor que vende os bulbos e aqui são cultivados. Produzir plantas e flores através dos bulbos é mais fácil, estando no clima brasileiro. O plantio deve ser realizado no começo da primavera em vaso ou solo rico em matéria orgânica, bem drenado, onde não haja acúmulo de água, cobrindo o bulbo com cerca de 10 cm de substrato. Os lírios não toleram incidência direta de luz solar. Muito utilizadas como flor de corte, os lírios podem ser colocados em recipientes com água e recomenda-se a retirada das anteras, estruturas que armazenam os grãos de pólen, diminuindo assim, os riscos de manchar superfícies como tecidos e evitando alergias, já que essas flores produzem uma grande quantidade de pólen.

Esperamos que tenham gostado de saber um pouco mais sobre essa flor tão presente em momentos especiais! Para ver outras inspirações em nossa seção Flor da Semana, cliquem aqui! Obrigada pelas informações preciosas, Anderson!

Beijos!

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