Orquídea Coelogyne

A nossa flor da semana é uma recente descoberta para nós, a orquídea Coleogyne (usada na mesa que publicamos no post Para Homenagear Nossos Pais).

Com a ajuda do nosso colunista e biólogo maravilhoso Anderson Santos, responsável por deixar essa Categoria ainda mais linda e interessante, vamos saber mais sobre essa flor de formas enigmáticas e robustas.

flor orquídea Coelogyne

Coelogyne é um gênero botânico, que pertence a família Orchidaceae, a família das orquídeas. Existem cerca de 200 espécies e são nativas do sudeste asiático e habitam diversos ambientes, desde as florestas tropicais quentes do litoral até às florestas chuvosas das montanhas frias do Himalaia, do nível do mar até três mil metros de altitude. Vivem em clima frio, intermediário ou quente, seco ou úmido, sombrio ou luminoso. A maioria das espécies é epífitas, ou seja, vivem sobre outras plantas como no galho das árvores, por exemplo, mas há espécies rupícolas, que vivem sobre rochas e outras terrestres que habitam o solo.

Os rizomas das Coelogyne podem atingir até 15 cm de comprimento. São consideradas grandes entre as orquídeas, como a Coelogyne rumphii e a Coelogyne trinervis, que podem atingir até 70 centímetros de altura, ou pequenas, como a Coelogyne ovalis e Coelogyne miniata, que não passam de 20 centímetros, porém, quando bem cultivadas, tornam-se touceiras de tamanho considerável. As flores costumam ser delicadas, frequentemente de cor creme, mas também brancas, verdes ou alaranjadas. Suas flores crescem tanto do ápice dos pseudobulbos como de um broto novo e podem ser pendentes ou em inflorescências eretas.

O nome Coelogyne deriva das palavras gregas κοῖλος , que significa cavidade, côncavo, profundo; e γυνή , que significa mulher, fêmea, numa referência à profunda cavidade presente nas flores do gênero, bem semelhante à genitália feminina. Existem registros da antiga utilização dos pseudobulbos de algumas espécies para fins medicinais na China. Muitas das espécies emitem forte perfume que atraem abelhas, vespas e besouros como polinizadores.

Algumas espécies são amplamente cultivadas em todo o mundo; entretanto, como a maioria delas cresce rapidamente, logo se transformam em um problema para colecionadores de orquídeas com espaço insuficiente. São plantas fáceis de cultivar, se multiplicam com facilidade, formando grandes touceiras, agrupamentos de plantas de uma mesma espécie. Uma espécie merece destaque: Coelogyne cristata, cuja floração pode demorar alguns anos para ocorrer, o que gera certa decepção para alguns colecionadores.

O mais importante para que uma Coelogyne floresça é reproduzir as condições climáticas mais próximas de seu habitat original, principalmente no que se refere às regas e temperatura. Assim, é muito importante verificar a origem de cada espécie para saber qual é o cultivo indicado, pois cada uma se adapta às diferentes condições ambientais. Existem espécies de clima quente, moderado e frio. Quase todas gostam de muita luz.

As espécies de clima quente (exemplo: Coelogyne parishii, Coelogyne tomentosa, Coelogyne fimbriata, Coelogyne flaccida) não apresentam dificuldades de cultivo na maior parte do Brasil, e a maioria das espécies de clima quente adaptam-se perfeitamente ao calor e podem ser cultivadas da mesma maneira que são cultivadas a grande maioria das espécies de orquídeas brasileiras. Geralmente são plantas grandes, e aconselha-se que sejam plantadas em um vaso ou cachepot de madeira que deixe muito espaço livre para a planta crescer intocada por alguns anos. Devem ser regadas regularmente ao longo do ano e a melhor temperatura para estas espécies varia entre 15 e 35°C. As espécies de clima intermediário, (exemplos: Coelogyne cristata, Coelogyne lawrenceana, Coelogyne nitida) florescem geralmente com a chegada das chuvas torrenciais praticamente diárias que ocorrem na primavera e parte do verão no sudeste asiático. Quando essas espécies são cultivadas no Brasil, após o fim da floração durante cerca de três a quatro meses são necessárias regas abundantes para reproduzir essa condição natural. Após esse período as regas devem ser reduzidas. A maioria das Coelogyne não gosta de ser replantada, sendo que algumas podem recusar-se a florescer por um ou dois anos após o replante. Suas inflorescências, carregadas de flores vistosas podem ser utilizadas para composição de arranjos florais e apresentam grande durabilidade após cortadas, desde que sejam mantidas em contato com a água ou com substrato úmido.

Esperamos que tenham gostado da nossa escolha de hoje! Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre outras flores e plantas que adoramos, façam uma visita à galeria Flor da Semana.

Beijos!

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *