JOIAS EM MINIATURA: AS MICRO-ORQUÍDEAS

No final do ano passado, falamos aqui sobre as mini-phalaenopsis, pequenas orquídeas também carinhosamente conhecidas como teacup orchids pelo fato de caberem em uma xícara de chá.

Sabendo o quanto essas pequenas flores nos encantam, o querido Sergio Oyama Junior, do Orquídeas no Apê nos apresentou recentemente às micro-orquídeas, ainda menores e mais delicadas, algumas apenas visíveis em toda a sua beleza e detalhes com o auxílio de uma lupa.

E, depois de conhecê-las, não poderíamos deixar de pedir ao Sergio para falar um pouco mais sobre elas neste quadro dedicado à flor da semana.

Vamos lá?

sophronitis_cernua_01

Durante décadas, os cultivadores de orquídeas dedicaram-se à realização de intensos cruzamentos entre espécies com o objetivo de obter flores cada vez maiores, mais coloridas e vistosas. Na contramão deste processo, vem se firmando a tendência de valorização das orquídeas de menor porte, as micro-orquídeas.

Não existem parâmetros rígidos ou científicos para classificar uma planta como micro-orquídea. Há tanto plantas de grande porte que produzem flores minúsculas como plantas de pequeno porte que produzem flores igualmente pequeninas, como é o caso da Cattleya cernua que ilustra nosso post de hoje, também conhecida como Sophronitis cernua. As flores dessa micro-orquídea são menores que os botões de uma camisa, verdadeiras joias em miniatura a esbanjar beleza e delicadeza.

Por ocuparem pouco espaço e apreciarem locais mais sombreados, as micro-orquídeas são ideais para o cultivo em apartamentos ou pequenos ambientes.

No entanto, por serem realmente muito delicadas, as micro-orquídeas requerem cuidados especiais em seu cultivo. Elas precisam de um ambiente ameno, com altos níveis de umidade relativa do ar e boa ventilação. Não toleram sol direto nem vento forte.

Basicamente, é preciso tentar reproduzir o clima que entremeia as árvores das florestas tropicais, onde elas se originam. Aqui no Brasil, a Mata Atlântica é o lar de grande parte das micro-orquídeas que conhecemos.

Entretanto, como se trata de espécies ameaçadas de extinção, não se devem colher micro-orquídeas diretamente na natureza. O correto é adquirir as mudas reproduzidas em laboratório em floriculturas especializadas.

A Milpantas conta com várias espécies de orquídeas em seu acervo. Quem quiser pode procurar pelas micro-orquídeas por lá!

Esperamos que tenham gostado de nosso post de hoje! A foto que o ilustra é de autoria do próprio Sérgio!

Um beijo grande.

Sergio Oyama Junior é o biólogo, fanático por orquídeas e idealizador do Orquídeas no Apê, blog dedicado a essas lindas flores. Neste espaço, Sergio, que é graduado em Biologia pela Unicamp e pós-graduado em Bioquímica pela USP, gentilmente divide conosco um pouquinho do seu vasto conhecimento sobre as mais diversas plantas e flores, incluindo, é claro, as orquídeas.

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